terça-feira, 29 de junho de 2021

Um anjo do Céu - Maskavo

Minha boca está cheia do que o 
meu coração transborda
Assim com ao entardecer o lugar
recende ao fogo da madeira olorosa que
prepara a refeição e o aconchego, 
assim é a atmosfera em torno daquele que ama,
mando cada detalhe do mundo renovado do sentimento poderoso.
É assim que eu te amo.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

terça-feira, 15 de maio de 2018

Estrelas do Cinema Abusadas Sexualmente

O vocalista do Likin Park, que morreu ano passado após declarar ter se assumido como bissexual, Chester Bennington, o lançador do Atlanta Braves, R. A Dickey, a antiga estrela da NHL, Theo Fleury e o premiado diretor de filmes, Tyler Perry, são algumas da maiores celebridades masculinas da América. 
Eles revelaram recentemente terem serem vítimas de agressão e abuso sexual.
Chris Brown, professor da Universidade de Minnisota, foi vítima, e diz que sente-se ainda mais desamparado, diante da evidência que o movimento Mee Too, decola apenas com a manifestação das mulheres vítimas dos patrões e produtores da cena artística.
"Se alguns homens abusam de mulheres, então  todos nós somos abusadores e quando se trata de sermos abusados, parece que nós merecemos isso." Disse Brown para NBC News.
"Nós nunca somos necessariamente bem-vindos ao desfile, declarou Adrew Schmutzer, que sofreu violência quando adolescente.
Os artistas masculinos que estão se mobilizando assumiram o Men Too, junto à sua assinatura de twiter.
Segundo declara Male Survivor, um a cada seis homens americanos foi abusado e violado sexualmente.
Agora pouco importa se foram as mulheres ou os homens a trazer a questão a baila.
Um a cada seis meninos, adolescentes ou jovens homens foi abusado e invariavelmente carregou o dano psicológico à sós, até agora.
A polêmica mexe com todos, vítimas, abusadores e nós que tínhamos certeza de que não fomos vítimas de nada, até começar a refletir sobre a coragem de auto-exposição das estrelas que respeitamos e admiramos, e concluir que o que houve com eles esteve mais perto de nós do que ousamos assumir.
Em verdade onde começa o abuso? Começa com o trabalho de insensibilização da vítima.

Um a cada seis garotos americanos é abusado.
E se o nosso universo é similar, 
e o que é pregado como normal não deve ser aceito, por em realidade tratar-se de abuso, pura agressão?
Faz parte da vitória do abusador impor um ar de  normalidade ao abuso que comete e intitula como saudável pratica livre entre adultos e quando a vítima é criança ou jovem, de saudável exploração da sexualidade. Atenção ao termo "pratica saudável" que tem o dom de liberar o acesso.
Aos abusados será lícito perdoar o abusador, pois este vem de uma linha de abuso sofrido em terror.
Aquele que sofreu abuso e não se cura conserva o horror de ter sofrido sozinho através de um esquema aceito por subentendimento e passa a adotá-lo assim que seu poder o permite. 
A vítima que declara publicamente ter sofrido abuso já se resolveu, já está curada da dor e segue livre, ela sofreu o abuso, não é obrigada a carregar a dor ou sequelas em silêncio, ela passou, sofreu a ação de outrem e nada do que fez ou é, mistura-se àquele outro, ela superou. Tudo no passado. 
O maior inferno do abusador é permanecer em si,  feroz e instável.
O maior criminoso, o que não deve ser perdoado, segue sendo o que sabe do abuso e fecha os olhos permitindo a predação.

De abusadores estão instituídos os impérios, de abusados, forradas as estradas dos reinos, e o que sabemos agora, através do trabalho do Male Survivor, é que do total de seis meninos, um foi abusado.
A divulgação deste dado, mais do que qualquer campanha que eu conheça, vai mudar o mundo.

Foto:
Madona do Espinho, escultura que realizei em 2010 - a mãe que identifica um espinho no pé do bebê e o auxilia na remoção.
































terça-feira, 6 de março de 2018

Relacionamentos Abusivos - Estupros dentro de casa

É muito difícil entender quando estamos sendo abusados, os relacionamentos vão se estruturando no dia a dia e na combinação de personalidades, na sua exposição que a convivência autêntica oportuniza.
Ao observar criticamente casais em curto ou médio tempo de relacionamento sempre é mais fácil identificar alguma faceta que ao observador implicaria em abuso, mas que é encarada pelo casal como ajustar e ceder no que não é tão importante.
Se eu não ceder nunca, se eu não procurar ajustar-me ao outro, fica difícil manter a relação, sempre pensei assim e tentei arduamente e por muito tempo declarar minha insatisfação quando a mesma flexibilidade por parte do meu parceiro não me contemplava.
Eu tive azar.
Eu tive sorte em ser forte, e à partir da manutenção destes relacionamentos obtive os maiores ganhos da minha vida e experiência. Guardo comigo também a certeza de não ter terminado com os relacionamentos por motivos fúteis, por egoísmo, ou por avaliar errado no calor da hora em um atrito num dia ruim para ambos.
Ao observar casais que conseguiram conservar um longo casamento sempre é difícil identificar se há uma personalidade abusiva, geralmente quando vemos um dos parceiros abusando em algum âmbito, o outro abusa noutro e não há mais atrito sobre isso, os abusos passam a ser encarados como liberdades, o casal assentou-se nestas bases e a união é estável e eterna.
Buscamos o ideal, porém, de encontrar o parceiro ideal, mas estamos nos formando no sentido de não contemplar qualquer nuance cultural ou psicológica que fuja ao nosso rígido padrão pré estabelecido do que significa o "abuso" do outro.
Às vezes, por falta de conhecimento do limite alheio cometemos um abuso que é psicologicamente insuportável ao outro. Se o amor existe a paz se faz no dia seguinte que já não é um dia não para ambos.
Para haver aquele casamento lindo em que pouco do que consideramos abuso pode ser identificado, o apoio social da família e amigos é essencial. Muitas vezes a nutrição do casamento vem da admiração que nosso parceiro desperta no nosso grupo de pertencimento. Quando isso ocorre é mais fácil ver o pedido do outro para que não se diga esta palavra que pode feri-lo em função de situações traumáticas vividas anteriormente, é natural querer agradá-lo vestindo uma roupa que o deixa feliz e orgulhoso e mudar o tom da maquiagem não é questão de vida ou morte.
Longos casamentos vêm do amor e cumplicidade, mas a aceitação social do casal é preponderante, desta forma os nobres vão levando seus casamentos e nós do operariado estamos valorizando uma cerva no boteco com as amigas, mais do que a estabilidade para o crescimento saudável dos filhos.
Ninguém cresce saudável entre brigas, mas as brigas que ocorrem pela cor do batom estão camuflando a insatisfação soprada pelo demônio que assumiu a forma da tia, da "miga, sua louca".
Acesse o link no Facebook:
https://www.facebook.com/poetasdesofa/videos/1688482401184899

segunda-feira, 5 de março de 2018

Chame-me Pelo seu Nome?

Conheço o caso de um bebezinho que nasceu com o tubo digestivo interrompido, fisicamente tinha tudo, menos alguns centímetros entre o esôfago e a traqueia.
A descoberta através de exame alguns dias antes do nascimento colocou os pais em pânico e mobilizou a família que conseguiu agir a tempo e encaminhar a futura mamãe para o parto em um hospital de referência que sabia como tratar de recém nascidos com este incomum problema.
Mas não é da doença de Hirschprung que esta publicação fala, ela fala da mente e do ânus do recém nascido.
Da mente e do ânus da criança em idade pré-escolar e por consequência da mente e do ânus da criança e dos adolescentes. Tratamos aqui da preservação da integridade física e emocional garantida por lei em todas as idades, mas privilegiada por atenção redobrada até uma idade limite. 
Legalmente temos o dever de zelar pelo bem estar físico - e isso inclui ânus e mente - dos que estão sob nossa tutela até que atinjam a maioridade, mas o limite está se ampliando culturalmente e os filhos estão permanecendo mais tempo dependendo dos pais ou responsáveis, afinal, é muito difícil estar pronto para enfrentar as impositivas atuais aos  dezoito anos.
Lembro-me de que havia um alarido constante entre os meus amigos na adolescência, sobre o poder legal dos pais sobre nós, o que fazia com que os namorados desejassem estar sempre de boa com o super poderoso pais das moças, especialmente. 
Pais tinham muita influência ainda nos anos oitenta. Culturalmente estas regras foram afrouxando e chegamos ao ano dois mil mais donos de nós mesmos mais cedo. Ainda assim a ciência é clara em determinar que até os vinte e três anos o rapaz pode crescer e a moça até os vinte e um, e que a adolescência termina aos dezenove anos.
Aconteceu na noite de ontem, a maior festa do Cinema do planeta. É sempre maravilhoso acompanhar a felicidade das equipes premiadas e saber ao vivo sobre suas ideias e gostos através de suas declarações. Fiquei muito preocupada, porém, com o tratamento para com uma história do relacionamento sexual de um professor, um homem feito e um menino de dezesseis anos, que foi apresentada como um romance idílico e exemplar em um dos filmes que concorreram ao Oscar.
Daí me despreocupei ao racionalizar que as pessoas geralmente começam sua vida sexual antes da maioridade civil, antes do fim da adolescência.
Então voltei a ficar preocupada, pois quando se trata de um romance hétero entre uma professora mais velha e um aluno de dezesseis anos, ninguém em sã consciência vai achar lindo, e temos exemplos recentes de escândalos com condenação judicial da abusadora. 
E que doentio, quando um professor ataca ninfetas! Quem nunca se preocupou com o relato de filha adolescente de que aquele professor assediava a ela e suas colegas?
Você envia sua filha para escola, a municipalidade garante a segurança dela no trajeto até o educandário e justamente o mestre vai tentar molestá-la?
Daí não dá, não é mesmo? A gente fica atento e procura manter-se informado do andamento da coisa, já vai desembainhando as armas legais porque vai até o fim para defender sua menina que está se desenvolvendo e que pode, sim, ter seus namoricos, mas não ser papada por lobo mau. 
Daí não dá, não e mesmo?
E se o professor é seu amigo e leva ela para cama dentro da sua casa aproveitando-se da intimidade e confiança que você candidamente proporcionou? 
Não digo que isso não aconteça, digo que não desejamos, e que não autorizamos com facilidade ou naturalidade. Que desejamos e autorizamos em tenra fase que nossas meninas e meninos relacionem-se, de preferência platonicamente até estarem maduros para tal, mas somente com os seus pares de faixa etária.
Por que, então, o filme Chame-me Pelo Seu Nome, em que um professor vai passar as férias na casa de um menino de 16 anos, e o inicia na atividade sexual, quer que achemos lindo, e que temos ali o retrato de um romance inconsequente? Ah, não quer, não está nem ai?
Fica feio bancar a patrulha protetora do anus de adolescente, mas se Ló pensasse assim, teria entregue os anjos à multidão. 
Sabe, os anjos desceram da nave e foram a Sodoma tirar ló e sua família de lá, diz a Bíblia que a cidade era uma suruba geral pelas ruas e já ninguém se recusava a participar, a não ser Ló e sua família.
Os anjos atravessaram a rua principal e foram bater na porta de Ló que os recebeu e como já vivia acuado, entendeu que o anúncio que vinham fazer podia mesmo ser decisão do Senhor das naves ante a gravidade da situação. 
O povo que vendo passar aqueles dois jovens de caráter andrógeno, mas lindos, logo pensou "carne nova no pedaço", e os seguiu até a casa de Ló. Chegando lá, sitiaram-na e exigiram a entrega dos meninos explicitando a finalidade:
"Entregue-nos que precisamos confraternizar sexualmente com eles!"
Ló não permitiu e ai é terrível, pois ele ofereceu à multidão excitada, as filhas no lugar dos anjos. 
Mas...é um testemunho de fé. Eles não aceitaram, eles queriam os rapazes.
O final do caso, todos sabemos, Ló e as filhas levados aos corridões, salvaram-se e a cidade foi calcinada. A esposa andava com o coração naquele agito e pereceu ao voltar "o olhar".
É uma história extremamente violenta e tudo deve ser lido tendo em mente a cultura do povo.
Tenho amigos jovens gays e gays maduros, se algum deles estivesse por perto me condenaria e teríamos um debate sobre porque devemos aceitar a história narrada em Me Chame Pelo Seu Nome como romance belíssimo - dizem que as imagens são belas e a fotografia belíssima. A palinha da trilha sonora é formidável.
Mas é isso mesmo, devemos entregar os meninos bem jovens para professores gays que não querendo os parceiros da sua idade vão assediar nossos filhos?
Estou de arma desembainhada. 
Sempre conversei sobre homossexualismo francamente com minha filha, sobre vantagens e desvantagens, e com meus filhos homens sobre exemplos. 
Nunca o assédio sobre os meninos foi tão intenso, a não ser em Sodoma e Gomorra, e, pessoalmente já conheço alguns casos em que os assediadores obtiveram êxito com meninos sensíveis, que no entanto arrependeram-se, pois a sensibilidade não está a serviço unicamente dos gays, e ficaram com a mente ferrada.
Orai e vigiai! Amo meus amigos gays, admiro demais o resultado da conjunção da homossexualidade masculina com a arte, mas os meus amigos não são adeptos da ditadura do "dê-me seu filhinho", ou então deixam de ser amigos.




sexta-feira, 21 de julho de 2017

Um dia serei Jepp!

Preciso dirigir, é uma ação que amo e me sinto completa pilotando. Mas se tiver de andar de ônibus, tudo bem, eu entendo as circunstâncias, mas não posso é parar de sonhar.
Quando tinha quatro anos eu vi um jeep a pedal que passou a ser um dos meus sonhos mais perfeitos. Mas naquela época meu pai não o adquiriu do vizinho que queria o  vender porque meu irmão era muito pequeno e para que eu não ficasse "tendo ideias", ou o que quer que o equivalha. 
E eu não me importaria em ter nascido homem se fosse preciso para ter aquele jeepzinho verde-oliva...
Montei um barco em uma escada deitada no chão mas era horrível não sair lugar para poder preservar o itinerário mental quando eu estava viajando pelos mares do mundo e alguém insistia em ficar de dedo em riste, rindo da minha idiotice, sentada numa escada de pintar parede.